domingo, 21 de setembro de 2014

Crítica: Hoje Eu Quero Voltar Sozinho

Eu tenho uma característica que eu gosto muito em mim: não sou de criar expectativas. Sou um kra de sorte, pois geralmente as coisas que não crio expectativas sempre acabo me surpreendendo pra melhor e hoje foi uma delas.

     Sou viciado em filmes e seriados, mas ando sem tempo para atualizar meu lado cinéfilo. Mas hoje consegui dar um jeito e assisti ao filme Hoje Eu Quero Voltar Sozinho. Meu, valeu muito a pena pois que filmaço. Quando começou pensei que seria mais um filme teen com temática gay mas não precisou de muitos minutos para eu mudar de opinião e com certeza esse entrar na minha Top List.


     Se trata da história do adolescente Léo que é cego mas procura ter a vida mais "normal" possível (mesmo com a mãe super protetora) ao lado da sua amiga Giovana. Ambos são meio que os nerds da escola. E a vida dos dois mudam com a chegada do novo aluno Gabriel. As meninas se apaixonam por Gabriel e até Giovana tem uma quedinha por ele. Com o tempo Gabriel vai se tornando grande amigo da dupla e acaba roubando o coração do Léo.

[Spoiler: a partir desse parágrafo, se vc não quiser saber cenas importantes do filme pare de ler por aqui. Se vc já viu ou se não viu e gosta de spoiler como eu, pode continuar haha]



     Mas a grande graça do filme é a sutileza. Diferente dos outros filmes gays onde os homossexuais sofrem, não se aceitam e fazem aquele drama, esse filme tem uma leveza que da gosto assistir. Não é um filme de rótulos tipo "eu sou gay, você é gay, nós somos gays". Em nenhum momento Léo e Gabriel se torturam por serem assim ou escondem das pessoas Eles tem sim inseguranças do primeiro amor (como todo mundo tem independente da sexualidade). Também é um filme que mostra da superação e dificuldades de ser deficiente visual, o lance de gostar do mesmo sexo é abordado em segundo, terceiro, quarto plano...



     Os atores foram muito bem escolhidos, são pessoas normais que a gente poderia encontrar por ai, não aquela coisa glamurosa e fake tipo rede Globo ou Hollywood. O ator Guilherme Lobo interpretou com uma perfeição tão grande um personagem cego que pensei que ele realmente tivesse essa deficiência.


     Além de excelentes atores eu acrescentaria o termo gostosos. São dois garotos com corpos deliciosos, principalmente o Léo. A cena em que os dois estão tomando banho e mostra a bunda do Léo é de estremecer as pernas, bunda peluda e deliciosa.


     Mas deixando a sacanagem de lado, super recomendo para quem não viu essa obra de arte ir assistir. Você verá perfeitas atuações, fatos que fazem a gente refletir e o mais bacana de tudo: não fazer drama em coisas que simplesmente são. Ser gay não é bom nem ruim, ser gay simplesmente é. Igual ser hetero, bi ou qualquer outro rótulo. Mas mais do que isso, o filme fala sobre amor, na minha opinião um amor utópico, mas às vezes é bom se deliciar nesses momentos de devaneio. O filme foi indicado ao Oscar. Nunca assisti ao Oscar mas no próximo estarei ligado e torcendo por ela obra de arte.



     















2 comentários:

  1. Na verdade o filme foi o indicado do Brasil para concorrer a categoria de filme estrangeiro. Se ele vai entrar ou não na concorrência ao Oscar, quem decidira é a academia do Oscar.

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    1. Anônimo muito obrigado pela correção, não sou ligado em Oscar, pensei que já fosse um dos concorrentes. Abraço

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